sexta-feira, 7 de junho de 2013

Companheiros e companheiras, segue abaixo informe produzido pela companheira Amelia Fernandes Costa, dirigente da FNU, do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas e Presidente da CUT Estadual de Alagoas.
Saudações
Edson Aparecido da Silva 
Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental

Durante a reunião do Comitê Técnico de Saneamento da 10ª Reunião do CONCIDADES, já no final, a representante da ABCOM – Associação Brasileira de Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto, Ana Lia, numa postura de revanchismo fez uma apresentação, colocando os indicadores negativos da CASAL, (empresa e saneamento de Alagoas) e expondo a  empresa como uma das piores empresas públicas em termos de gestão. A tentativa foi de desqualificar a nossa denúncia sobre a PPP de Arapiraca e indiretamente  me desqualificar e responsabilizar os trabalhadores/as através de abordagens tais quais:

- A CASAL tem os piores indicadores em todas as áreas como mostram os gráficos, tanto no que se refere aos serviços de abastecimento de água quanto de esgoto que é zero.
- Me Abordou questionando qual era a minha função na empresa e deu exemplo dos indicadores na área administrativa e comercial e questionou que compromisso social era esse.
- Mencionou que era natural que os sindicalistas quisessem defender os seus empregos.
Entre outras provocações.

O Secretário de Saneamento me concedeu direito de resposta que provocou  um outro debate a cerca do tema.

Na minha intervenção:
- Agradeci a Ana Lia pela socialização dos dados, importantes para debatermos a realidade dos interesses políticos e econômicos dentro do setor de saneamento;
- Questionei a sua postura irônica e agressiva, a qual me surpreendeu. Não a conhecia com aquele perfil, inclusive de apelar para desqualificação pessoal.
- Estávamos naquele fórum fazendo um debate político construindo políticas de promoção para a qualidade de vida das populações e pra isso era necessário o respeito às diversidades nas posições políticas.
- Que ela precisava acompanhar a dinâmica e conhecer os princípios do Movimento Sindical Cutista que luta por cidadania e não só pelas questões coorporativas, defende a classe trabalhadora e luta por uma sociedade melhor e mais justa e por qualidade de vida.
- Defendemos os nossos empregos sim, como os empregos de todos os trabalhadores e trabalhadoras e a valorização da classe. Um exemplo de compromisso com a classe trabalhadora era que o Sindicato dos Urbantários representa e defende os trabalhadores e trabalhadoras da CAB, mesmo sendo uma empresa da PPP.
É um equívoco ela se posicionar como se estivéssemos numa relação de inimigos. Não somos contra o setor privado, mas entendemos que o privado deve ter o seu papel definido na organização da sociedade. Não concordamos com a PPP em setores estratégicos e essencial à vida como o setor de abastecimento de água porque a empresa privada não se interessará em cumprir uma função social e investir nas periferias que abriga as comunidades mais carentes, sem retorno financeiro. Os fatos mostram essa realidade.
- É verdade que os indicadores da CASAL não são bons, consequência do descaso de um governo privatista do PSDB que há quase 8 anos  está no comando do estado e nunca investiu  nem um real na empresa de saneamento, apesar de ser o acionista majoritário. Nem tem o interesse de fortalecer a CASAL como empresa pública, e sim comprometer a sua sobrevivência quando se obriga a repassar 3 milhões de reais mensais para a CAB, através de um contrato imoral.
- Fruto de um projeto político neo-liberal, de estado mínimo,  que usa como estratégia sucatear as empresas públicas para justificar a necessidade de privatização, estratégia reproduzida pela companheira na sua intervenção.
- A CASAL sobrevive com recursos próprios, e com o esforço de trabalhadores e trabalhadoras que precisam sim ser valorizados/as. Depois que a CAB chegou no agreste de Alagoas a gestão piorou. É só fazer uma pesquisa com a população. Se com a CASAL estava ruim com o privado está pior. Nunca se teve tanto investimento do Governo Federal na área de saneamento, mas o projeto privatista faz a opção de repassar para as empresas privadas esse papel inclusive utilizando recursos públicos.
Rogério da FNU – Fez intervenção em seguida mostrando a realidade no país e colocando a posição da FNU contrária a privatização do Saneamento.
Outra falas deram conta de questionar porque que ela não trouxe os indicadores do Amazonas, onde a gestão é privada. E é a pior gestão de saneamento do país. Que a má gestão das empresas não deve ser imputadas aos trabalhadores/as;
Que os reais indicadores estão no  contato direto com as comunidades;
Entre outras.

CONCLUINDO: ANA LIA da ABCOM, não se posicionou mais. Só fez Levantou a bola para todos e todas chutarem!


A LUTA CONTINUA!

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