terça-feira, 31 de agosto de 2010

EMBASA: MELHOR EMPRESA DE SANEAMENTO DO BRASIL

Embasa chega à segunda posição entre as melhores prestadoras de serviços públicos e em primeiro lugar entre as empresas de saneamento do país.
A empresa baiana ficou a frente de todas as demais empresas de saneamento do País e de diversas empresas que prestam serviços públicos, sendo superada apenas pela Casa da Moeda.
A Revista “As Melhores da Dinheiro”, da Editora Três, divulgou o ranking das melhores empresas do Brasil, em todos os setores de atividade. A classificação das empresas foi elaborada a partir da análise das práticas gerenciais nas áreas de sustentabilidade financeira, da gestão de recursos humanos, da gestão em inovação, da gestão sócio- ambiental e da governança corporativa, relativas o ano de 2009 das 500 maiores empresas instaladas no Brasil. Cada indicador tem um peso específico e as corporações participantes do ranking foram comparadas com outras de seu mesmo setor de atividade.
No Setor de Serviços Públicos, a Embasa foi classificada como segunda melhor empresa entre as prestadoras de serviços públicos, ficando atrás apenas da Casa da Moeda e, portanto, na frente de todas as demais empresas de saneamento do país e outros prestadores de serviços públicos. A disputa se deu entre todas as empresas que prestam serviços públicos, entre elas, a Casa da Moeda, a ECT – Correios, a Infraero, o Metrô de São Paulo, entre outras.
A atual colocação da Empresa Baiana de Águas e Saneamento representa um salto de três posições, em relação aos rankings da Dinheiro de 2008 e 2009, e o melhor desempenho entre as companhias estaduais de saneamento do país nos critérios considerados pelos consultores da revista. Esta premiação foi fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2007 e do desempenho da empresa em 2009 que obteve o melhor resultado de toda a sua história, com um lucro operacional líquido de 3331 milhões e investimentos de mais de R$ 460 milhões. No período de 2007/2010 está investindo R$ 2,6 bilhões de reais em 363 obras em todas as regiões do Estado, beneficiando mais de dois milhões e 500 mil baianos. Além da melhoria na gestão, a parceria com o Governo Federal, principalmente com recursos do PAC e a prioridade do governo do estado na área de saneamento contribuíram bastante para que a empresa atingisse esta posição de destaque a nível nacional.
Na gestão de Recursos Humanos, a Embasa foi classificada em primeiro lugar, avançando duas posições em relação ao ranking do ano passado. Iniciativas como a definição e cumprimento de metas com conseqüente Pagamento de Participação em Resultados – PPR, a realização do maior concurso público da história da empresa para provimento de duas mil, duzentas e setenta e uma vagas; além da implantação do Plano de Cargos, Salários e Carreira, visando reter e desenvolver as competências estratégicas de seu quadro próprio de funcionários, foram algumas das ações desta política de gestão de pessoas reconhecida nacionalmente.
Nas categorias de Inovação e Qualidade, e na Responsabilidade Social, a Embasa foi a segunda colocada. Nos indicadores que avaliam o desempenho das empresas em relação à Governança Corporativa, a Embasa figura em quinto lugar.
Assessoria de Comunicação
Tel: 71 3372-4898 ou 3372-4639
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domingo, 29 de agosto de 2010

SP - Agência Reguladora Regional do Saneamento foi lançada em Atibaia

27-08-2010
O prefeito de Hortolândia e presidente do Consórcio PCJ, Angelo Perugini, junto com o prefeito de Atibaia, Dr. José Bernardo Denig, assinou na semana passada o protocolo de intenções para criação da Agência Reguladora Regional dos Serviços de Saneamento Básico.
A cerimônia de lançamento, que ainda contou com o apoio e assinaturas de outros quatro chefes do executivo (Cosmópolis, Itatiba, Vinhedo e Piracaia) aconteceu durante a 65ª reunião ordinária do PCJ, no Hotel Tauá, em Atibaia. Representantes do SAAE - Saneamento Ambiental de Atibaia, também participaram do evento.
Os prefeitos agora tem de encaminhar cópia desse protocolo junto com um projeto de lei, também disponibilizado pelo Consórcio PCJ, às Câmaras de Vereadores de seus respectivos municípios para aprovação da participação na Agência Reguladora PCJ. Após a coleta de assinaturas de todos os prefeitos dos municípios participantes será agendada uma reunião pública de apresentação da nova entidade.
O Consórcio PCJ passou os últimos seis meses discutindo a viabilidade da criação dessa Agência Reguladora Regional. Ocorreram diversos encontros e discussões envolvendo representantes dos municípios e prestadores dos serviços de saneamento. Segundo os estudos da Secretaria Executiva da entidade, a Agência necessita da adesão de municípios que juntos somem uma população de, no mínimo, 1 milhão de habitantes, para dar sustentabilidade financeira à Agência.
Desde meados de julho, a minuta do Protocolo de Intenções foi disponibilizada para consulta pública e contribuições através do site da entidade (www.agua.org.br) e divulgação junto à imprensa regional.
A criação desta Agência Reguladora visa atender a determinação da Lei Federal n.º11.445/2007, denominado Marco Regulatório do Saneamento, que determina que todos os municípios tenham, até o final de 2010, seus planos de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos), além de um ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento.
O presidente da entidade, Angelo Perugini lembrou que o Consórcio PCJ cumpriu sua missão em apresentar o projeto de criação da nova entidade, além de destacar o forte interesse de prefeitos, tanto das bacias PCJ como de fora dela, em participar da Agência Reguladora Regional. "Percebemos que existe uma vontade muito grande dos municípios de participarem, é uma questão de tempo para efetivarmos a nossa agência reguladora, que será um marco na integração das ações dos municípios da região em prol da defesa ambiental", disse ele.
O Consórcio PCJ sempre esteve à frente na criação de importantes entidades ligadas ao setor de recursos hídricos. Assim foi com a criação dos Comitês PCJ, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e, mais recentemente, a Fundação Agências de Bacias PCJ.
Carta de Propostas aos Candidatos e Termos de Referências
Durante a reunião, foi apresentada a "Carta de Propostas aos Candidatos - Eleições 2010" que deverá ser encaminhada aos candidatos a cargos eletivos nos Governos de Minas Gerais, São Paulo e da União, bem como, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, com vinculo na região das bacias PCJ.
Também foram entregues termos de referências no setor de saneamento, com destaque ao combate as perdas hídricas, esgotamento sanitário e à elaboração de planos municipais de saneamento básico.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O saneamento integrado

Enviado por luisnassif, qua, 25/08/2010 - 10:55
Do Brasilianas.org
Saneamento deve ser integrado à habitação e transporte
Por Lilian Milena
O Saneamento não pode ser administrado de modo não integrado às áreas de habitação e transporte. É o que defende Vladimir Maciel, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e consultor em Economia Regional Urbana.
O pesquisador explica que as três áreas são faces do crescimento das cidades: "Todas se relacionam à decisão de famílias ao ocuparem um lugar no espaço urbano", completa. Logo, a diminuição de déficits nessas nessas áreas poderia ser potencializada com propostas capazes de unificar recursos humanos e financeiros.
Em resumo, Maciel aponta a necessidade de: compatibilizar e integrar os programas e ações dos três setores; simplificar e focar os programas existentes; articular os programas e ações entre municípios, estados e União; priorizar o uso de recursos para subsidiar programas destinados à baixa renda; modernizar os mecanismos de gestão e atração de recursos privados; e, por último, prestar contas dos recursos públicos utilizados, o que pode ser feito a partir de avaliações dos resultados atingidos e das políticas implantadas.
Em relação ao saneamento, o professor reconhece que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi importante para organizar os recursos investidos nos serviços básicos. Por outro lado, ele aponta que o setor precisa superar a crise de "muito cacique para pouco índio".
Hoje, as instituições federais que intervêm na área de saneamento básico são a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (do Ministério das Cidades); Ministério da Integração Regional; Agência Nacional das Águas; FUNASA (do Ministério da Saúde); BNDES; e Caixa Econômica Federal/CEF (responsável por repassar os recursos do PAC).
A proposta do professor é que uma instituição pública se torne unicamente responsável pelo Saneamento Básico. Já a composição dos recursos seria a seguinte:
- Subsídios e Redistribuição - via tributos federais, portanto do OGU (Orçamento Geral da União);
- Recursos Retornáveis a taxas subsidiadas - via Banco do Brasil, BNDES e CEF (FAT e FGTS);
- Recursos Retornáveis a Taxas de Mercado - participação da iniciativa privada e organizações internacionais.
O economista, e professor da ESPM , Sérgio Goldbaum, ressalta que a participação do poder público é essencial para ampliação dos serviços básicos, mas entende que a União precisará de ajuda para reunir os recursos necessários à universalização:
"O Estado deve prover os serviços onde não houver atrativos financeiros para a iniciativa privada, o que é muito comum nas periferias e pequenos municípios. Por outro lado, a iniciativa privada deve atuar sempre sob a supervisão e regulação do Estado, que se torna, então, responsável por garantir a equidade do atendimento nesses serviços", esclarece.

Titularidade
A Constituição Federal de 1988 não diz quem é o Titular, ou seja, quem detém a competência de executar direta ou indiretamente os serviços em saneamento. Ao mesmo tempo, responsabiliza municípios, estados e União pela garantia dos serviços básicos no setor.
O professor de economia Carlos Cesar Saiani explica que a falta de definição é relevante: "Um estado pode entrar na justiça para requerer a titularidade de um serviço que um município realiza, ou que tenha concedido à iniciativa privada. Ou seja, essa insegurança legislativa prejudica até mesmo a participação da iniciativa privada". A Lei Nacional do Saneamento Básico, nº 11.445, de 2007, considerada um avanço para setor, também não define quem é o titular dos serviços.

Panorama nacional de cobertura
A recém divulgada Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB 2008), do IBGE, revela que 99,4% dos municípios do país têm rede de abastecimento de água; 55,2% contam com sistemas rede de esgoto; e 100% das cidades brasileiras realizam coleta de lixo – mesmo que atendendo apenas parte da população.
Em contrapartida, o déficit de coleta de esgoto, atinge 57% dos brasileiros. E a falta de abastecimento de água via rede geral, afeta 19% da população. Para completar, apenas 25,8% do esgoto coletado recebe algum tratamento. O Ministério das Cidades estima que para universalizar esses serviços até 2020, são necessários investimentos na ordem de R$ 105 bilhões.
Os efeitos das obras do PAC não estão refletidos na PNSB 2008. Em nota, o Ministério das Cidades explica que os impactos do Programa de Aceleração do Crescimento deverão ser sentidos e registrados na próxima PNSB. A justificativa é porque as obras de saneamento público demoram, em média, 3 anos para serem concluídas. Portanto os reflexos dos investimentos iniciados em 2007 deverão ser sentidos entre 2010/2011.

Evolução dos municípios
Menos de 1/3 dos municípios brasileiros realizam tratamento do esgoto. Mesmo assim, a pesquisa do IBGE detectou avanços: o volume de esgoto tratado dobrou desde a última PNSB (feita em 2000) de 35,3% para 68,8% do total coletado. De 2000 para 2008, houve um crescimento de 36,4% do índice de cobertura da rede de coleta de esgoto, passando de 33,5% para 45,7%.
Em 2008, cerca de 35 milhões de pessoas estavam diretamente expostas ao risco de contrair doenças pela falta de rede coletora – 44%, concentradas na região nordeste, 25%, no Norte e 18% no Sul.
O número de municípios que não realizavam nenhum tipo de tratamento de água caiu de 18,1% para 6,6%, entre 2000 e 2008. A pesquisa constata que, em 2008, 87,2% dos municípios distribuía água totalmente tratada. Além disso, ouve redução de 30% do total de resíduos destinados a lixões. Ainda assim, 50,8% dos resíduos coletados nos municípios são encaminhados todos os anos para locais com pouco ou nenhum controle ambiental.

FNU fortalece aliança com movimentos sociais no seu 9º Encontro Nacional

9º ENU COMEÇOU TERÇA-FEIRA, DIA 24 DE AGOSTO

O Encontro Nacional dos Urbanitários teve inicio na terça-feira, em Brasília, reunindo 150 trabalhadores e trabalhadoras de todo país. A mesa de abertura do ENU e do primeiro painel: Setor de saneamento e energia à universalização foi composta pelo presidente da FNU, Franklin Moreira, o Assessor de Saneamento da FNU e Coordenador da FNSA, Edson Silva, o Coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, a Presidente da CONAM, Bartíria Perpétua Lima da Costa, o Presidente da Assemae, Arnaldo Luiz Dutra, Joceli Andrioli, do Movimento dos Atingidos por Barragens e Amélia Fernandes, Secretária da Mulher Urbanitária e representante da FNU no Conselho Nacional das Cidades.


O presidente da FNU, Franklin Moreira, em sua saudação falou da representatividade deste encontro. “Mais uma vez os trabalhadores deram uma prova de mobilização ao compareceram em grande número neste ENU, isso demonstra um compromisso verdadeiro com os debates sobre o saneamento e energia que vão acontecer nestes dois dias. Considero essa postura fundamental, em especial nesse momento onde lutamos pela manutenção do projeto democrático e popular em curso, que está no mote do encontro: Para o Brasil continuar a crescer melhorar, incluir”, disse ele.


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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Saneamento avança no Brasil mostra IBGE

Abastecimento de água chega a 99,4% dos municípios, coleta de lixo a 100%, e rede de esgoto a 55,2%
Entre 2000 e 2008, o percentual de municípios brasileiros que tinham rede geral de abastecimento de água em pelo menos um distrito aumentou de 97,9% para 99,4%; o manejo dos resíduos sólidos (que inclui coleta e destinação final do lixo e limpeza pública) passou a existir em todos os municípios em 2008, frente a 99,4% deles em 2000;e os serviços de manejo de águas pluviais (drenagem urbana), que existiam em 78,6% dos municípios em 2000, chegaram a 94,5% em 2008. Nesses oito anos, o único serviço de saneamento que não chegou próximo à totalidade de municípios foi a coleta de esgoto por rede geral, que estava presente em 52,2% dos municípios em 2000 e passou a 55,2% em 2008. Entretanto, nos municípios em que o serviço existia, houve, no mesmo período, um aumento dos que registraram ampliação ou melhoria no sistema de esgotamento, de 58% para 79,9% do total, e dos domicílios atendidos, de 33,5% para 44%. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado era tratado – percentual bastante superior aos 35,3% de 2000, embora menos de um terço dos municípios (28,5%) fizessem o tratamento, com acentuadas diferenças regionais nesse percentual, que alcançou 78,4% dos municípios no estado de São Paulo e 1,4% no Maranhão.
Em oito anos, o percentual de municípios que destinavam seus resíduos a vazadouros a céu aberto caiu de 72,3% para 50,8%, enquanto os que utilizavam aterros sanitários cresceram de 17,3% para 27,7%. Ao mesmo tempo, o número de programas de coleta seletiva dobrou, passando de 451 em 2000 para 994 em 2008, concentrando-se, sobretudo, nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46% e 32,4% dos municípios informaram ter coleta seletiva em todos os distritos. Esses são alguns dos destaques da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2008, que investiga os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos, tendo como fonte de informação as entidades formais (com CNPJ) prestadoras desses serviços em todos os municípios brasileiros. Essas entidades englobam órgãos públicos ou privados, tais como autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, consórcios públicos, empresas privadas, fundações, associações etc. A pesquisa foi realizada em convênio com o Ministério das Cidades e contou com a participação de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de técnicos especialistas da área.
De acordo com a PNSB 2008, em somente 17% dos municípios as prefeituras realizavam o abastecimento de água de forma exclusiva, ficando a prestação desse serviço, em maior medida, com outras entidades (58,2%) ou de forma combinada (24,7%). A situação se invertia quando se tratava do serviço de coleta de esgoto: em 55,6 % dos municípios, as prefeituras executavam o serviço de forma exclusiva, e 41,6% tinham a execução sob a responsabilidade de outras entidades. O manejo de águas pluviais era executado quase que exclusivamente pelas prefeituras municipais (98,6%). No manejo dos resíduos sólidos a maior parte das prefeituras se incumbia exclusivamente da prestação dos serviços (59,1%), enquanto em 31,2% delas a forma de execução compreendia outras entidades.
Quanto à existência de instrumentos legais reguladores dos serviços de saneamento básico, constatou-se que o abastecimento de água era regulado em 32,5% dos municípios, o esgotamento sanitário, em 18,4%, e o manejo de águas pluviais, em 18%.

ÁGUA: 99,4% dos municípios brasileiros têm rede de abastecimento de água
Em 2008, 5.531 (99,4%) dos 5.564 municípios brasileiros tinham abastecimento de água por rede geral, mesmo que apenas em parte do município. Entre 1989 e 2008 a cobertura desse serviço cresceu 3,5%, sendo que o maior avanço foi na região Norte (de 86,9% para 98,4% dos municípios). Desde 2000, o Sudeste é a única região com todos os municípios abastecidos por rede geral de água em pelo menos um distrito.
Em 33 municípios distribuídos em nove estados não havia rede geral de abastecimento de água, afetando cerca de 320 mil pessoas. Essa situação vem diminuindo sistematicamente no país: em 1989, eram 180 municípios sem rede de água, e em 2000, 116. Dos 33 municípios sem rede de água em 2008, 21 se localizavam na região Nordeste, com destaque para os estados da Paraíba (11 municípios) e Piauí (5), e 7 estavam na região Norte, com destaque para o estado de Rondônia (4 municípios).
Além desses 33 municípios sem rede geral de abastecimento de água em nenhum distrito, outras 794 cidades tinham ao menos um distrito em que também não havia rede, somando 827 municípios (14,9% do total) em que a água era fornecida por formas alternativas, como carros-pipas e poços particulares. O Nordeste tinha o maior percentual de municípios com outras formas de abastecimento (30,1%), sendo que os maiores percentuais entre os estados estavam no Piauí (58,3%), Ceará (35,9%) e Maranhão (30,4%).

6,6% dos municípios fornecem água sem tratamento
Em 2008, a maior parte dos municípios (87,2%) distribuía a água totalmente tratada. Em 6,2% dos municípios a água distribuída era apenas parcialmente tratada e em 6,6% a água não tinha nenhum tratamento. Em 2000, os municípios onde não se realizava nenhum tipo de tratamento na água representavam 18,1% do total. A região com maior percentual de municípios distribuindo água sem nenhum tratamento em 2008 era a Norte (20,8%), onde Pará (40%) e Amazonas (38,7%) tinham os maiores percentuais. Em seguida vinha o Nordeste (7,9%), com destaque para Piauí (24,3%) e Maranhão (21,8%).
Dos municípios que forneciam água sem tratamento, 99,7% tinham população de até 50 mil habitantes e densidade demográfica menor que 80 mil habitantes por quilômetro quadrado. A fluoretação da água para prevenção da cárie dental era realizada em 3.351 municípios (60,6% do total).
Em 1.296 municípios (23,4%) ocorreu racionamento de água em 2008, e as regiões com maior ocorrência foram Nordeste (40,5%) e Norte (24,9%). No Nordeste chama a atenção o conjunto de municípios em Pernambuco (77,3%), Ceará (48,9%) e Rio Grande do Norte (46,7%); no Norte, os de Amazonas (43,5) e Pará (41,4%). Os motivos mais apontados pelos municípios eram seca/estiagem (50,5%), insuficiência de água no manancial (39,7%), deficiência na produção (34,5%) e deficiência na distribuição (29,2%).

Menos de um terço dos municípios têm leis para proteção de mananciais
Em 1.749 municípios havia legislação municipal sobre proteção de mananciais (fontes de água utilizadas para abastecimento) em 2008. Dentre os 3.141 municípios (56,4% do total) que efetuam captação superficial de água, 83,2% informaram alguma proteção: isolamento com cerca (85,7%), preservação da vegetação (54,3%) e a proibição de despejos (44,6%). Menos da metade (45,1%) dos municípios brasileiros tinham legislação que exigia aprovação e implantação de sistema de abastecimento de água para loteamentos novos.

Domicílios atendidos por rede de água aumentam 30,8% entre 2000 e 2008
O número de domicílios abastecidos por rede geral de água cresceu 30,8%, de 34,6 milhões, em 2000, para 45,3 milhões, em 2008, segundo a PNSB. O maior crescimento foi no Nordeste (39,2%) e no Centro-Oeste (39,1%), e o menor no Norte (23,1%).
Os 5.531 municípios do país com abastecimento de água por rede geral tinham mais de 40 milhões de ligações das quais 84,2% contavam com medidores. Nos últimos oito anos, cresceu 30,8% no país o uso de hidrômetros, com destaque para o Norte (54,2%) e Centro-Oeste (53,1%). Os menores crescimentos foram no Sudeste (28,9%) e Nordeste (38,8%). No Sudeste, o baixo crescimento deveu-se aos avanços já obtidos: a região tem 92,5% das ligações de água com medidores.
Em 2008, em 94% dos municípios beneficiados por rede geral de distribuição, havia cobrança pelo serviço de abastecimento de água. A região Sul apresentava o menor percentual de municípios que não faziam cobrança (0,7%) e a Norte, o maior (13,6%).

ESGOTAMENTO SANITÁRIO: Coleta de esgoto estava presente em 55,2% dos municípios
A PNSB 2008 indica que 55,2% dos municípios brasileiros tinham serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, três pontos percentuais acima do índice verificado em 2000 (52,2%). Os melhores desempenhos foram encontrados nos estados de São Paulo (apenas 1 dos 645 municípios não tinha o serviço) e Espírito Santo (2 de 78 sem coleta de esgoto). A principal solução alternativa adotada pelos municípios que não possuíam rede de coleta de esgoto sanitário, foi a construção de fossas sépticas, que aumentou 7,4% em relação ao levantamento de 2000.
Apenas o Sudeste registrava percentual elevado de municípios com rede coletora de esgoto em 2008 (95,1%). Nas outras quatro regiões, menos da metade dos municípios tinham o serviço: Nordeste (45,7%), Sul (39,7%), Centro-Oeste (28,3%) e Norte (13,4%). Apenas oito unidades da federação possuíam mais da metade dos municípios com rede geral coletora, sendo os casos extremos São Paulo (99,8%) e Piauí (4,5%).
Entre 2000 e 2008, o avanço no percentual de municípios com rede coletora de esgoto foi considerável no Norte (de 7,1% em 2000 para 13,4% em 2008) e no Centro-Oeste (de 17,9% para 28,3%). Já nas regiões com maior número de municípios, as melhoras foram pouco significativas: Sudeste (de 92,9% em 2000 para 95,1% em 2008) e Sul (de 38,9% para 39,7%). No Nordeste, houve pouca variação no registro dos municípios cobertos pelo serviço (de 42,9% em 2000 para 45,7% em 2008).
A presença de rede geral coletora de esgoto era mais elevada nos municípios de maior população. Todos aqueles com mais de 500 mil habitantes possuíam esse serviço, que também estava presente em mais de 90% dos municípios com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Com cobertura abaixo da média nacional estavam apenas os municípios com menos de 50 mil habitantes.
No conjunto do país, entre os municípios que possuíam o serviço, o número de domicílios com acesso à rede geral de esgotamento sanitário teve um avanço de 39,5% no período. As maiores altas foram registradas no Nordeste (64,7%) e no Norte (89,9%). O percentual de domicílios com acesso à rede geral de esgoto passou de 33,5% em 2000 para 44% em 2008. Apenas no Sudeste mais da metade dos domicílios (69,8%) tinham acesso à rede geral, seguido do Centro-Oeste (33,7%), Sul (30,2%), Nordeste (22,4%) e Norte (3,8%). As únicas unidades da federação com mais da metade dos domicílios atendidos eram Distrito Federal (86,3%), São Paulo (82,1%), e Minas Gerais (68,9%). Rio de Janeiro (49,2%) e Paraná (46,3%) ficavam próximos da marca de 50% e se situavam acima da média nacional (44%). Os demais estados tinham menos de um terço dos domicílios atendidos, ficando Amapá (3,5%), Pará (1,7%) e Rondônia (1,6%) com as menores coberturas.

Em 2008, 79,9% dos municípios ampliaram ou melhoraram o sistema de esgotamento
De 2000 para 2008 aumentou o percentual de municípios com serviço de coleta de esgoto sanitário que realizaram ampliações ou melhorias no sistema ou em parte(s) dele. Em 2008, 79,9% deles estavam ampliando ou melhorando o serviço, contra 58% em 2000. O avanço ocorreu em quase todas as regiões, com destaques para o Centro-Oeste, cuja taxa de melhorias ou ampliações passou de 50% dos municípios em 2000 para 78% em 2008; e para o Nordeste, de 47,6% para 73,1%. A exceção foi o Norte, cujo percentual de ampliações e melhorias se reduziu (de 53,1% para 48,3%). Os maiores percentuais foram encontrados no Sudeste (85,4%), Centro-Oeste (78%) e Sul (77,5%). Em 2008 a ampliação ou melhoria do sistema deu-se principalmente na rede coletora (88%) e nas ligações prediais (78,6%).

Menos de 1/3 dos municípios fazem tratamento de esgoto
Apenas 28,5% dos municípios brasileiros com esgotamento por rede geral fazia tratamento de esgoto (pelo menos um distrito do município tratava o esgoto coletado, mesmo que parte dele). Entre as regiões, o Sudeste liderava (48,4%), seguido do Centro-Oeste (25,3%), Sul (24,1%), Nordeste (19%) e Norte (7,6%). Com exceção do Distrito Federal, em apenas três unidades da federação mais da metade dos municípios tratavam seu esgoto: São Paulo (78,4%), Espírito Santo (69,2%) e Rio de Janeiro (58,7%). Os menores percentuais foram registrados em Sergipe (9,3%); Amazonas (4,8%); Pará (4,2%); Rondônia (3,8%); Piauí (2,2%) e Maranhão (1,4%).
Apesar de menos de um terço dos municípios terem tratamento de esgoto, o volume tratado representava 68,8% do total coletado no país. Houve melhora considerável frente a 2000 e 1989, quando o percentual de tratamento era, respectivamente, de 35,3% e 19,9%. E em grandes produtores como são os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, o percentual de esgoto tratado foi superior a 90%.

RESÍDUOS SÓLIDOS: “Lixões” ainda são destino final em metade dos municípios
Os vazadouros a céu aberto, conhecidos como “lixões”, ainda são o destino final dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros, mas esse quadro teve uma mudança significativa nos últimos 20 anos: em 1989, eles representavam o destino final de resíduos sólidos em 88,2% dos municípios. As regiões Nordeste (89,3%) e Norte (85,5%) registraram as maiores proporções de municípios que destinavam seus resíduos aos lixões, enquanto as regiões Sul (15,8%) e Sudeste (18,7%) apresentaram os menores percentuais. Paralelamente, houve uma expansão no destino dos resíduos para os aterros sanitários, solução mais adequada, que passou de 17,3% dos municípios, em 2000, para 27,7%, em 2008.
Em todo o país, aproximadamente 26,8% dos municípios que possuíam serviço de manejo de resíduos sólidos sabiam da presença de catadores nas unidades de disposição final de resíduos sólidos. A maior quantidade estava nas regiões Centro-Oeste e Nordeste: 46% e 43%, respectivamente. Destacavam-se os municípios do Mato Grosso do Sul (57,7% sabiam da existência de catadores) e de Goiás (52,8%), na região Centro-Oeste, e, na região Nordeste, os municípios de Pernambuco (67%), Alagoas (64%) e Ceará (60%).

Número de programas de coleta seletiva aumentou de 58 para 994 em 20 anos
Os programas de coleta seletiva de resíduos sólidos aumentaram de 58 identificados em 1989 para 451 em 2000 e alcançando o patamar de 994 em 2008. O avanço se deu, sobretudo, nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46% e 32,4% dos municípios informaram ter programas de coleta seletiva que cobriam todo o município.
Os municípios com serviço de coleta seletiva separavam, prioritariamente, papel e/ou papelão, plástico, vidro e metal (materiais ferrosos e não ferrosos), sendo que os principais compradores desses materiais eram os comerciantes de recicláveis (53,9%), as indústrias recicladoras (19,4%), entidades beneficentes (12,1%) e outras entidades (18,3%).

ÁGUAS PLUVIAIS: Ocupação desordenada é uma das principais causas de erosão urbana
A erosão (destruição e arrastamento do solo pela chuva) no perímetro urbano afetava, em 2008, 27,3% dos municípios brasileiros que faziam manejo de águas pluviais (5.256 no total). Entre os principais fatores indicados como causas desse problema, estavam as condições geológicas e morfológicas (47,8%) e as ocupações intensas e desordenadas do solo (46,4%).
Dos municípios que informaram ter manejo de águas pluviais, 48,7% declararam não ter tido problemas com inundações nos últimos cinco anos, nem pontos de estrangulamento no sistema de drenagem. Já 27,4% informaram condição exatamente oposta; deles, 60,7% disseram haver ocupação urbana em áreas inundáveis naturalmente por cursos d’água e 48,1% informaram que havia áreas urbanas irregulares em baixios naturalmente inundáveis. A ocupação irregular era o principal fator agravante de inundações e alagamentos nas regiões Norte (50%) e Nordeste (45,8%) e dividia a mesma percentagem (35,5%) com a obstrução de bueiros e vias na região Centro-Oeste. No Sul e no Sudeste, a situação se invertia, e a obstrução era o principal fator (54,5% e 50,3%, respectivamente).

Um em cada três municípios tem áreas de risco urbanas que demandam drenagem especial
Um grupo de 1.933 municípios (34,7% do total) relatou ter, em seu perímetro urbano, áreas de risco que demandam drenagem especial. Os municípios declararam que as áreas sem infraestrutura de drenagem (62,6%) e as áreas de baixios (depressões) sujeitas a inundações e/ou proliferação de transmissores de doenças (56,8%) eram os tipos mais encontrados e suscetíveis a riscos no perímetro urbano. No Sudeste, percentual significativo (56%) era atribuído às áreas em taludes (planos inclinados que limitam aterros) e encostas sujeitas a deslizamentos, configuração geomorfológica peculiar aos estados desta região.