Manifesto
Crise da Água em São Paulo
é culpa do modo de governar do
PSDB
Entidades
do movimento popular, sindical e parlamentares reunidos no último dia 23 de
abril para discutir a crise da água em São Paulo, por iniciativa da Liderança
do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa, debateram e chegaram à
conclusão de que a crise da água que afeta a população da Região Metropolitana
de São Paulo (RMSP) e Região Metropolitana de Campinas (RMC) é responsabilidade
das sucessivas gestões do PSDB que governam o Estado de São Paulo há mais de 20
anos. Isso fica claro quando tomamos conhecimento que essa situação de caos
poderia ter sido evitada caso o Governo do Estado tivesse colocado em prática
as medidas necessárias.
A
situação, que afeta nossa região, pode se estender para todo o Estado, já que
os órgãos que cuidam das águas em outras cidades também não preveem plano de
emergência para enfrentamento de crises como a que assistimos agora. Além de
afetar diretamente a vida dos cidadãos e da rotina de instituições como
hospitais e escolas, a falta d’água poderá prejudicar o complexo industrial, já
que o setor demanda grande quantidade de água para seu funcionamento. Os
prejuízos poderão se traduzir na queda da produção e de empregos, aumentando a paralisia
econômica no Estado.
Água tratada como mercadoria
A
Sabesp, que é responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário na
maioria das cidades, há muito tempo deixou de ser uma empresa de caráter
público (aliás, política do PSDB em todo o Estado), que deveria ter como
principal objetivo atender bem a população. Há décadas se transformou numa
empresa de negócios que tem como principal objetivo gerar lucro, que, só nos
últimos dois anos, chegaram a quase R$ 4 bilhões. Parte desse lucro é repassada,
na forma de dividendos, a acionistas no Brasil e em Nova Iorque e, outra parte,
para o Governo do Estado, que é seu
maior acionista e que não reinveste em saneamento, como, por exemplo, em
programas de redução de perdas, água de reuso, expansão de sistemas de produção
de água, ampliação dos reservatórios (como os da região Oeste de São Paulo e
Osasco que só agora devem sair do papel com previsão de entrega em 2018) e em mão
de obra – a Sabesp está com o quadro de pessoal no limite, reflexo da política
do governo Serra que continua com Alckmin .
Além
disso, a empresa vem sendo loteada entre os empreiteiros, através das
terceirizações e Parcerias Públicos Privadas – PPPs - que precarizam o trabalho
e provocam queda na qualidade de serviços.
As
águas dos nossos rios, que se tratadas poderiam ser usadas para vários fins, continuam
poluídas, mesmo depois de serem investidos bilhões de dólares, como no Rio
Tietê, que após os projetos Tietê, I, II e III continua poluído – neste caso
uma CPI seria necessária.
O rodízio de água já acontece
O
Alckmin continua falando que não há rodízio de água. É mentira, quem mora na
periferia, nos bairros pobres, já enfrenta falta d’água em condições normais,
agora, a situação piorou, com a falta d’água praticamente diária. E o Governo do
Estado tenta colocar a culpa na população, que já sofre com a falta de coleta e
tratamento dos esgotos, com o metrô lotado, com a falta de segurança e escolas
de péssima qualidade.
Para
fazer o enfrentamento contra a inércia e ineficiência dos tucanos e a privatização
do nosso Estado, defendemos uma grande jornada de lutas envolvendo o movimento
popular e sindical e parlamentares comprometidos com a luta do povo no nosso
Estado, principalmente com a população mais pobre.
Por
garantia de água pra todos
Água
não é mercadoria
Assinam:
Central de Movimentos
Populares – CMP
Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Confederação Nacional
das Associações de Moradores – CONAM
Federação das
Associações Comunitárias do Estado de São Paulo - FACESP
Federação Nacional dos
Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA
Federação Nacional dos
Urbanitários - FNU
Jornal Brasil de Fato
Levante Popular da
Juventude
Liderança do Partido
dos Trabalhadores na ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DE SP
Movimento dos Atingidos
por Barragens – MAB
Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra – MST
Sindicato dos
Trabalhadores em Água Esgoto e Meio Ambiente do Estado - SINTAEMA
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